O Tabernáculo era a sombra de Jesus Cristo que perdoou os pecados dos israelitas e de todos os que Nele creem

18/02/2025

Minha resposta para refuta estas questões apresentado no artigo, vamos utilizar uma abordagem teológica e bíblica sólida. A análise será feita com base no Novo Testamento e no papel de Jesus como cumprimento da Lei Mosaica e do sistema sacrificial do Antigo Testamento. Link do artigo. https://encurtador.com.br/t2Rlm

1. JESUS COMO O SENHOR DO TABERNÁCULO

O artigo afirma que Jesus é o próprio Senhor do Tabernáculo. Esse conceito não é biblicamente problemático, mas a interpretação de que a salvação só ocorre por meio do "batismo" físico de Jesus não é sustentada pelas Escrituras. Vamos refutar o ponto central:

Hebreus 9:11-12: "Cristo, porém, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio de um tabernáculo maior e mais perfeito, não feito por mãos, quer dizer, não desta criação, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido uma eterna redenção."

Aqui, o escritor de Hebreus explica que Jesus cumpriu o papel do Tabernáculo e do Sumo Sacerdote em um nível celestial e não apenas físico. Não há evidência bíblica que atribua o fio azul ao batismo ou o fio escarlate exclusivamente ao sangue.

2. A SALVAÇÃO DEPENDE APENAS DO BATISMO E DA CRUZ?

O artigo sugere que o batismo de Jesus foi parte essencial de sua obra salvadora. No entanto, a Bíblia deixa claro que o sacrifício redentor é baseado em Sua morte e ressurreição:

Romanos 5:8-9: "Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira."

A salvação depende do sangue derramado na cruz e não da combinação do batismo e do sacrifício. A única obra necessária para salvação foi a expiação pelos pecados através da morte de Cristo.

Efésios 2:8-9: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie."

A fé é o elemento central da salvação, e o batismo é apenas um símbolo externo dessa fé.

3. SIGNIFICADO DO BATISMO DE JESUS

O autor cita Mateus 3:15 para sugerir que o batismo foi um meio de salvação. Contudo, o significado do batismo de Jesus era simbólico e preparatório para Seu ministério, e não um fator de justificação:

Mateus 3:15: "Deixa por enquanto, porque assim nos convém cumprir toda a justiça."

Jesus foi batizado para identificar-se com os pecadores e cumprir toda a justiça, mas a salvação está vinculada ao Seu sacrifício, não ao batismo.

4. JESUS É A PORTA PARA O CÉU

Concordamos com o artigo de que Jesus é a única porta para a salvação:

João 10:9: "Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim, será salvo."

Este versículo mostra que Jesus é o único caminho para a salvação. No entanto, associar isso aos fios do Tabernáculo é uma especulação que não possui respaldo textual claro nas Escrituras.

5. TABERNÁCULO COMO SOMBRA DE CRISTO

O Tabernáculo do Antigo Testamento é, de fato, uma sombra de Cristo. O próprio livro de Hebreus faz essa analogia, mas é importante observar que as sombras não carregam o poder salvífico em si:

Hebreus 10:1: "Porque a lei, tendo a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que se chegam a Deus."

Os elementos do Tabernáculo (altar, sacrifícios, cortinas, etc.) apontavam para Cristo, mas o Novo Testamento não dá uma ênfase literal aos fios mencionados no artigo.

CONCLUSÃO

A salvação não está baseada no batismo de Jesus ou na interpretação literal dos fios do Tabernáculo. A obra redentora está centrada em Sua morte e ressurreição, conforme exposto em Hebreus 9-10. A essência da mensagem do Evangelho é que somos salvos somente pela fé em Cristo e pelo derramamento de Seu sangue.

Este artigo, portanto, falha em apresentar uma argumentação plenamente alinhada com o Novo Testamento. A interpretação simbólica forçada dos fios do Tabernáculo e o papel do batismo de Jesus não encontram suporte sólido nas Escrituras.